Peugeot Eco-Adventure 2002 - Cataratas do Iguaçu
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Um grupo de índios guaranis recebia os competidores momentos antes da
largada, cantando e tocando seus instrumentos e transmitindo muita paz no momento
de maior adrenalina. A corrida iniciou com um trekking de 5km no sábado,
11 de maio, a partir dos jardins do Hotel Sheraton, dentro do Parque Nacional
Iguaçú, com as cataratas como pano de fundo. O sol estava forte
e o calor e a humidade se fizeram sentir.
A equipe Argentina foi a primeira a chegar à etapa de natação,
a 100 metros das cataratas, onde tiveram de chegar à ilha San Martin
para chegar ao PC1. A travessia é um pouco perigosa porque a água
é vítima de 5 correntes que se juntam ali e formam um redemoinho.
Como medida de segurança, os competidores eram obrigados a usar nadadeiras
e a organizou contou com embarcações dos bombeiros e da Jungle
Explorer.
Para os competidores que não conseguissem fazer as travessias e fossem resgatados, foi dada a penalização de 1 hora no tempo de corrida. Uma das vítimas foi Benjamin Ayala, experiente corredor de aventura e considerado um dos melhores da Argentina.
Depois de passar pelos PC's 1, 2 e 3, os competidores fizeram novamente a travessia
até Punta Peligro, caminharam pela morro Macuco até o porto de
onde seguiram de canoa até o PC4. A equipe Argentina foi a primeira a
chegar, seguida de perto pela Corredor Andino de Villa La Angostura – ganhador
da etapa de Bariloche –, e pela equipe Chapelco.
Etapa de canoa - O porto Macuco se localiza no rio Iguaçú,
a 4km das quedas. Remando, os competidores se dirigiram rio abaixo até
o ponto tripartido entre Argentina, Brasil e Paraguai, a aproximadamente 24km.
Em menos de 1 hora eles tocaram nos três países, sendo em que cada
um havia um PC. Contudo, ao chegar no rio Paraná, havia mais 22 km até
o final da etapa de canoagem. É no ponto tripartido onde as águas
do rio Iguaçú se encontra com as do rio Paraná e que servem
de divisão entre os 3 países. Ao final da canoagem seguiu-se 3
km de costeira.
Jumar - No PC9 os competidores tiveram de fazer uma ascensão
com a técnica de jumar por uma cachoeira de 15 metros, com a água
batendo no rosto e onde se devia utilizar mais força do que técnica.
A partir dali seguiu-se uma caminhada dentro de um rio com a água chegando
no joelho até o PC10. Esta parte da corrida se localizava dentro de uma
área militar e nos postos de controle estavam soldados do Exército.
Trekking na mata - As difíceis horas de corrida começaram
a ser sentidas no final da tarde na mata. Chegaram notícias de que Pedro
Pereyra Iraola, da equipe Chapelco, se encontrava muito cansado na metade do
caminho de 36 km de trekking, mas que não queria pedira ajuda pelo rádio
para não ser desclassificado. A idéia era descansar um pouco junto
à sua equipe e tentar continuar quando estivesse em melhores condições.
Ao final de algumas horas a equipe dediciu abandonar a corrida. O mesmo aconteceu
com a equipe Dark Dog, do Uruguai, quando Rubén Manduré sofreu
uma forte desidratação e foi resgatado por uma ambulância.
A terra colorida e a mata fechada foram as protagonistas da etapa de trekking.
Uma tirolesa nas árvores gigantes foi a diversão.
As 135 bicicletas esperavam alinhadas pelos competidores no final da etapa de
trekking, prontas para rodar 120 km de terra pela Rota 101. Foi também
o início da etapa mais crítica na qual os competidores tiveram
de enfrentar o cansaço, a sede e a noite.
Mountain bike noturno - A etapa de mountain bike foi a mais crítica
e quando aconteceu mais mudanças na classificação. Destaca-se
a regularidade da equipe Corredor Andino, que se manteve sempre na ponta. Acostumados
ao clima frio da Patagônia Andina, os competidores não se deixaram
atormentar pela humidade e pelo calor sufocante da mata e mostrou a versatilidade
em todos os terrenos.
A equipe Trevelín Team, que se encontrava na segunda posição, perdeu o rumo no povoado de Andresito, chegando no PC21 antes do PC20, e tiveram de refazer este trecho, perdendo aproximadamente 2 horas e sendo ultrapassada pela Duke Team e as equipe El Litoral e Columbia X. A equipe Radio Show, de San Martin de los Andes, que era um dos favoritos e estava na 11a posição, dediciu abandonar a corrida porque estavam muito cansados e haviam planejado mal a alimentação, faltando comida, deixando a equipe sem reservas.
Tirolesa no Salto Bozzeti - A partir do PC22 os competidores sabiam
que a parte mais difícil da corrida já tinha passado e eque estavam
perto de realizar a tirolesa mais impressionante já feita em uma corrida
de aventura no mundo. Ela se estendia desde a parte superior da queda Bozzeti
até a parte de baixo, passando pela segunda queda mais importante de
Iguaçú, através de corda de 100 metros de comprimento e
a um metro da corrente de água. Refrescados pela água, os competidores
tiveram de enfrentar mais 36 km de trekking e 3 km de costeira. O trajeto foi
monótono em meio à densa mata e sobre a terra colorida da região.
Seria o último esforço antes de chegar ao final da corrida.
A equipe mista Corredor Andino foi a primeira a cruzar a linha de chegada com
um tempo total de 30:18, recebendo como prêmios roupas da Columbia e bicicletas
Peugeot. Em seguida chegaram a Columbia X com um tempo de 31:39, a Duke Team
com 31:53, Litoral com 32:39, Cacique com 34:30 e Nescafé com 34:37.
A partir das 17:41 de domingo, as seguinte equipes chegaram:
Olimpikus
Café cabrales
Piltrafa Uan
Trevelín Team
Sangre Sudor
La Pampa X
Cava Frappe
Arroz Dos Hermanos
Los Especialistas
Esta Si Llegamos
Compañía Activa
Liceo Jean Mermoz
Tierra del Fuego
Nunatak
Last Minute
Nike Hawk
Free time
Alce Adventure Team
Bolivar
Networking Eco-Xpuesto.com
RTCC Bichos Team
Password
Muzzarella
Don Abraham Team.
A terceira etapa do Peugeot Eco-Adventure 2002 será realizada em Salta.
Será um corrida totalmente diferente onde os competidores enfrentarão
um clima árido, uma grande altitude e um calor seco, que exigirá
outros esforços, não explorados.
20 Mai 2002 - 00h46 | geral | 
