Bariloche abre o circuito 2002 do Peugeot Eco-Adventure

Por Wladimir Togumi - 27 Mar 2002 - 00h40
O Peugeot Eco-Adventure teve sua 2a edição em Bariloche entre os dias 27 e 30 de março. As cinco primeiras equipes foram equipes locais, da região da Patagônia argentina. A corrida teve a participação de 105 competidores em equipes de 3 integrantes que tiveram de atravessar mais de 200 km de montanhas, glaciares, lagos, paredes rochosas nas modalidades de trekking, canoagem, mountain bike, rapel, tirolesa e jumar.


Largada em Bariloche
Foto: divulgação


Equipes utilizaram os ducks na canoagem
Foto: divulgação


Equipe em direção ao Cerro Tronador
Foto: divulgação

A corrida teve início ao meio dia de 27 no extremo noroeste do lago Mascardi. A largada foi no mesmo estilo do Ecochallenge 1999, onde os competidores tiveram de nadar até as canoas para encara os primeiros 24 km da corrida. O vento forte tornou difícil o trabalho das equipes que se esforçaram muito para manter a direção correta. Algumas equipes chegaram a virar as canoas. O final desta etapa foi no Hotel Tronador, de onde sairam a pé até Pampa Linda, a aproximadamente 16 km, onde encontraram o acampamento onde passaram a noite e se reabasteceram para encarar o cerro Tronador e seus glaciares ao amanhecer.

A chuva que caiu durante toda a noite dificultou um pouco mais a subida ao cerro Tronador. Com o descanso noturno os competidores se encontravam animados para continuar a corrida. A imponência e extensão da Cordilheira dos Antes pôde ser observada a partir da ascensão no glaciar Alerce. As primeiras equipes a chegar neste ponto foram: Corredor Andino, General Roca, Cerro Bayo, Radio Show, Esquel Team, Team Argentina, Furia Sureña, Nahuel Huapi y Columbia X.

A essa altura já se podia notar a superioridade dos competidores da zona andina. Os competidores da equipe Avellaneda, forte na canoagem, desistiu durante a subida e declararam que não são homens de montanha e estavam muito cansados.

Essa foi a etapa mais dura da corrida. As equipes deveriam descer do Tronador e seguir pela crista de outras montanhas, o que exigiu muito dos atletas. Ao final desta etapa de trekking glaciar todos deveriam fazer uma parada obrigatória onde o Dr. Sergio Luscher e sua equipe fizeram um exame médico rápido, como medida de segurança imposta pela organização. Neste ponto a diferença de tempo entre a primeira e a última equipe superava as 25 horas.

Ao final da eterna etapa de trekking, etapa decisória da corrida, as equipes seguiram de mountain bike em direção à Villa Llanquin onde pegaram as canoas para remar durante horas pelo Rio Limay até o Valle Encantado. No Valle Encantado se encontrava a etapa de cordas, montadas nas paredes rochosas de sessenta metros de altura. Os competidores tiveram de juntar as últimas forças para jumarear até o alto da parede, de onde desceram por uma tirolesa. A última parte foi um rapel, a cem metros da chegada.

Sem dúvida a etapa mais difícil e que acabou por selecionar as melhores equipes foi o trekking na montanha, que apresentou diversos obstáculos, entre elas o clima frio, a chuva, o terreno pedregoso e pouco firme, os desníveis extremos, a noite, os bosques e os rios que precisavam ser atravessados.

Wladimir Togumi
Por Wladimir Togumi
27 Mar 2002 - 00h40 | geral |
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