Brasileiro conquista primeiro lugar das Américas no Mundial de Aventura

Por Juliana Povoação - 15.Nov.2011

Terminou nessa sexta-feira (11/11/2011) o AR World Championship na Tasmânia. Setenta e nove equipes participaram, mas apenas quarenta e seis completaram a prova. O evento que durou dez dias foi extremamente bem organizado e se destacou pela sua dinâmica e logística impecáveis. A prova contou com duas modalidades novas, tiro ao alvo e caving. No primeiro caso um dos atletas tinha cinco chances para acertar um prato lançado ao ar, já no caving as equipes tinha no mínimo uma hora para explorar a caverna. Os atletas passaram por vários tipo de vegetação, praias, dunas, cachoeiras tudo isso embaixo de um clima instável, "Em um mesmo dia tivemos calor, chuva, frio e neblina", lembra Marco Rossini.


© Juliana Povoação


© Juliana Povoação

A equipe do atleta brasileiro, a Tecnu Extreme / Kailash, manteve a sinergia a prova toda. No primeiro dia um membro do time passou por alguns problemas de saúde, o que os levou a optar por três horas de sono logo na primeira noite. Uma decisão que faria diferença nas proximas horas pois acordaram dispostos e prontos para realcançar sua colocação, que havia caído para vigésimo segundo. Apesar de Marco ser brasileiro e ser acostumado com o calor do Brasil, o frio intenso das noites e a água congelante da Tasmânia não foram um problema. A equipe já contava com isso e se preparou da melhor forma possível. Além de roupas apropriadas, os atletas abusavam em sua alimentação para manter-se aquecidos. Segundo Marco, o cardápio se baseava em queijos, chorizos, castanhas, frutas secas, chocolates, burritos e refeições prontas que eram aquecidas através de reações químicas de sua própria embalagem.

Quanto ao desempenho durante a prova, Tecnu se manteve forte, sem demonstrar cansaço ou exaustão como as outras equipes. "Cometemos alguns erros de navegação que nos prejudicou bastante, em alguns casos perdemos cerca de 5 a 6 horas. O maior prejuízo veio com uma noite extra de Dark Zone, onde tivemos que acampar antes e durante a perna de canoagem, pois devido as correntezas não era permitido remar durante a noite. Em outros casos soubemos corrigir o erro rapidamente ou até mesmo  reverter o erro em uma rota mais eficiente."

Mesmo com todos contra-tempos a equipe conseguiu manter sua posição sempre entre os top 15. "Assim como cometemos erros, outras equipes também erraram e no final se dá bem quem enfrentar as dificuldades da melhor forma possível!".

Tecnu Extreme / Kailash completou a prova na madrugada do oitavo dia em décimo segundo lugar, chegando a frente de grandes equipes do esporte. A equipe também foi a primeira colocada entre todos as Américas (Norte/Central e Sul). "Ser parte da décima segunda melhor equipe do mundo é uma honra e escola impagável". Orgulhoso com o resultado Marco encerra seu ano imensamente satisfeito e espera no ano que vem continuar fazendo grandes expedições pelo mundo.

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