Difícil falar da Extremaventura sem voltar um pouquinho no tempo e falar do Ecomotion. Nas corridas de aventura, além do fator físico, o fator psicológico conta e muito para um bom resultado. E o que o Ecomotion tem a ver com isso?? Tem a ver que lá na Bahia não conseguimos atingir nossos objetivos como equipe e voltamos para casa mais cedo. Ao invés de ficar frustrada e triste, fiquei super animada com meu desempenho individual e não via a hora de voltar a treinar e competir.
Mas o ponto mais positivo conseguido pós-Ecomotion foi a volta do meu marido e companheiro de equipe à rotina de treinos. O Eriston estava desanimado e sem treinar quando foi intimado a fazer nosso apoio em terras baianas. Impossível resistir e ficar indiferente com o "calor" e alto-astral que uma corrida de aventura proporciona.
Contaminados pelo esporte voltamos a treinar e encontramos na Extremaventura a chance de voltar às provas. Fechamos então um quarteto com o Clodoaldo Pasquini, um "remanescente das corridas de aventura do Paraná" (como diria Júlio Camargo) e com mais uma mulher-guerreira, Simone Torres. Depois de duas semanas sem treino por conta de uma infecção na garganta tentei desistir da prova, até porque já tínhamos uma mulher na equipe, mas não deixaram. Lá fomos nós Equipe Marumbi Territórioonline.com.br rumo à Campo Magro – PR, sábado, 28, com um frio de tremer o queixo.
Sem pretensão alguma por posição, até porque sabíamos que as outras equipes eram muito fortes, largamos às 9h de trekking para uma “subidinha” básica no Morro da Palha. Tão “básica” que é de lá que muitos parapentes e paragliders saltam. Frio??? Quem disse que sábado fez frio é porque não foi para a Extremaventura, pois lá o termômetro da disputa ficou na casa dos 40ºC.
Após o trekking alucinado pelas subidas e subidas (cadê as descidas??) fomos para a bike para ai sim...subir. Ah, teve nosso "canyoning" pelas valas feitas por motoqueiros numa das trilhas locais; PC virtual, que para nossos amigos Guartelá foi virtual demais; e chegamos para o segundo trekking da prova, dessa vez...subindo.
Depois de um "perdidos e achados" chegamos a uma casa onde o morador nos disse que ninguém havia passado por ali. "Pronto, estamos errados e provavelmente fechando trilha na prova", pensamos todos.
Seguimos caminhando e trotando até chegarmos ao PC e SURPRESA: planilha em BRANCO. “VIVAAAAAAA estamos em primeiro”. Inacreditável!!! Quem disse que estávamos cansados??? Pernas pra-que-te-quero e entramos no canyoning de verdade e seguimos rio abaixo. Chegamos ao ponto alto da prova: um poço no qual tínhamos que pular de mais ou menos 3m. O problema não estava na altura, mas na água congelante que nos esperava lá embaixo. Frio que nem sentimos por muito tempo, pois assim que pegamos as bikes pedalamos os últimos 6 Km como se tivéssemos acabado de largar.
Chegamos em primeiro lugar muito felizes. Bom demais correr quando o objetivo dos integrantes da equipe são os mesmos (correr para curtir) e melhor ainda quando o objetivo de TODOS muda ao mesmo tempo (correr para ganhar; o famoso “sangue nos olhos”).
Valeu DEMAIS estar entre amigos!! Valeu Simone! Valeu Clodoaldo! Valeu Territórioonline.com.br!! Valeu Eriston (Welcome back!!) reestreando em grande estilo!!
Jessiê Schypula
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