Já se passou quase um mês (ou mais de um mês, dependendo de quando você ler isso) do encerramento do Ecomotion Pro 2011 e nesse meio tempo as bolhas já estão secas, os pés recuperados, as dores no corpo já passaram, ninguém mais “apaga” quando encosta em algum lugar e ficaram muitas histórias.
Com a cabeça mais fria, conseguimos voltar um pouco no tempo e analisar com mais calma o que deu certo ou não, pensar nas estratégias que não foram colocadas em prática, a decisão errada naquele momento decisivo, o arrependimento de ter faltado naquele treino que parecia sem importância, a parada de 5 minutos para cuidar dos pés que não foi feita...
Por uma semana todos os envolvidos entraram numa bolha chamada Ecomotion Pro, um mundo à parte ou pelo menos uma fuga momentânea do cotidiano. Quem diria que em plena manhã de segunda feira você estaria sentado em um caiaque no meio do oceano Atlântico. Uns chamam de bon vivant, outros, de loucos.
Telefones, contas, problemas para resolver ficam para trás, o que está na cabeça neste momento é que o sinalizador nas mãos de Tiago Valois funcione o quanto antes para que possam remar com toda a força em direção a Prado.
Aquilo realmente não era uma segunda feira. Era o início da maior corrida de aventura brasileira e sonho de muitas pessoas. Sonho esse realizado pela primeira vez por muitos atletas que dois dias antes ouviram pela primeira vez, ao vivo, a voz sussurrando: “Eco...motion”. E nesse momento o coração bateu mais forte, um sorriso apareceu no rosto e houve uma mistura de emoções: a felicidade de estar ali e a preocupação do que virá pela frente. “Será que estou preparado? Será que minha equipe está preparada? Será que não esqueci de alguma coisa?”
São Pedro como sempre acompanhou o Ecomotion Pro de perto e mandou sua chuva providencial para avisar que estava por perto. E isso causou um “estrago” enorme.
E foi o trekking de 112 quilômetros logo no começo da corrida o grande vilão, junto com a chuva, da edição 2011. Sim, 112 quilômetros, porque foram 80 Km da seção de trekking e mais 32 Km da seção de Mountain Bike, mas onde muitos carregaram suas magrelas ao invés de pedalar devido a lama.
Quem perdeu tempo para cuidar dos pés, se deu bem. Quem saiu mais tarde do Monte Pascoal também, porque pegou a estrada mais seca e até conseguiu pedalar.
Olhando com calma as planilhas de tempo, esse primeiro trecho praticamente definiu a corrida. É claro que ocorreram outros problemas que poderiam mudar tudo, como o cancelamento em determinado momento das técnicas verticais e da cavalgada, mas trabalhar com hipóteses traria variáveis sem fim.
A maioria das Top5 conquistou sua posição final nos PC’s 6 e 7, justamente no final do trekking de 80 quilômetros até o Monte Pascoal. A Curtlo Lobo Guará foi se juntar ao grupo apenas no PC9 depois de fazer um ótimo tempo no trekking seguinte.
Até o final da corrida Cosa Nostra, QuasarLontra, Trotamundo Lagartixa e Curtlo Lobo Guará elas ficaram trocando de posições, mas o que ninguém esperava era a entrada da Oskalunga no clube dos 5.
PC a PC o quarteto de brasilienses e paulistas vieram ganhando posições até assinar o último posto de controle na liderança, tirando o posto da Trotamundo, e conquistar o título de campeões do Ecomotion Pro 2011.
Fazendo caminho contrário, a Selva Kailash começou a perder posições a partir de Guaratinga, onde teve início o mountain bike de aproximadamente 100 Km em direção ao litoral baiano.
O confuso gráfico abaixo demonstra a posição das equipe em cada PC. Para uma melhor visualização, faça o caminho contrário escolhendo o nome da equipe à direita e seguindo para a esquerda.
Observações: foi utilizado o horário de entrada nos PC’s.
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