Chauás, sempre Chauás

Com o carnaval em março, a Equipe Unimed Rio Terra de Gigantes resolveu antecipar sua estréia em 2011, e a prova escolhida foi a Chauás. A prova é considerada uma das mais duras do Brasil, porém segundo alguns atletas, sua versão short possui características mais amenas, o que nos levou a encarar o desafio, oportunidade perfeita para começar o ano e realizar alguns ajustes para o Ecomotion em abril.

O Chauás acontece nos sábados, muito bom para as equipes cariocas, mineiras, dentre outras, pois assim ficamos com o domingo livre para arrumar toda bagunça e colocar o pé na estrada de volta para casa.

Optamos em ir com duas equipes, ao invés de um solo e uma dupla. Na mista, eu (Philipe) e Mari, e na masculina, André e o convidado João Bandeira. Para o nosso alívio, o Andre pode ir mais cedo para Pinda, que acabou gerenciando todos os trâmites de check in para a equipe.

Assim que todos se juntaram, fomos resolver a tática. Ops, a categoria mista larga de canoagem, diferentemente dos solos e das duplas masculinas, o que inviabilizou a navegação compartilhada! Trabalhamos o mapa e decidimos que só tinha dois trechos onde poderíamos dar um "gato". Mapa pronto, equipe pronta, agora é só dormir e esperar.

No sábado, deixamos as bikes no PC 1, um breve briefing com Fran em cima do caminhão de canoas e largada! Enquanto os meninos partiam de bikes, fomos na direção das canoas canadenses. Com poucos minutos, a equipe Lebreiros disparou na frente abrindo uma boa vantagem nossa. Uma tentativa de portagem frustrada acabou nos atrasando mais ainda e ocasionou em uma bela torção no meu tornozelo. Saímos bem atrás e desanimados já no PC 1, pois ainda não sabia se o tornozelo agüentaria a pressão.

Nesse momento, a força e incentivo da Mari foram fundamentais para imprimir um ritmo e incentivar em todo o trecho de bike. No final, vimos que tínhamos aproximado bem da Lebreiros e distanciado das demais equipes.

No PC 4, o começo do trekking seria fundamental para a prova. Alguns atletas seguiam pelas estradas, outros poderiam optar por uma tática mais audaciosa e varar pelo arrozal, pasto e floresta de eucalipto e economizar quase 3 km. Quando saímos do vara mato, sabíamos que estávamos bem posicionados, isso porque encontramos inúmeras equipes masculinas, porém o nosso objetivo ainda não tinha sido alcançado, qual seja, encontrar a Lebreiros. No PC 5 a boa notícia, estávamos em primeiro, mas quanto tempo na frente? No PC especial, Lucas nos recepcionou com uma bela Coca Cola, também mencionou que deveríamos estar bem na frente. Logo depois encontramos o Marcelo Santos (solo), correndo atrás do prejuízo, que também confirmou não ter visto nenhuma mulher no caminho. Com isso, começamos a relaxar, pois a prova estava muito dura! Por três vezes cruzamos montanhas com mais de 600 metros de desnível, sendo duas delas de trekking. Nos últimos 4 km de trekking, parei para olhar para o alto da montanha e não acreditei, os Lebreiros descendo forte!

Avisei a Mari e começamos um trote. Chegando no PC 7, último antes da chegada, achamos que tínhamos espantado a Lebre. Paramos uns 5 minutos, nossa distância naquele momento era estimada em 15 minutos aproximadamente. Partimos tranquilos para cruzar linha de chegada, 12 km bem planos e de grandes retas, quando de repente passou o carro da Camila. A Mari não titubeou, perguntou se tinha visto os Lebreiros e ela falou que estavam uns 2 minutos atrás. O desespero bateu, só deu para soltar uma frase, vamos dar a vida agora para não nos arrependermos pelo resto dela. Uma chegada emocionante com apenas 3 minutos de diferença em uma prova de quase 9 horas.

Por fim, uma vitória suada e com muito ácido lático na veia, como um Chauás deve ser!

A Equipe Unimed Rio Terra de Gigantes tem o patrocínio da Unimed Rio e apoio da Deuter, Princeton Tec, Sea to Summit e Lorpen.

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