Calor, dor e superação da equipe Maré Alta no Praias do Sul Challenge

Por Wellington Santos - 23.Nov.2010

Era fim de tarde da sexta 12/11 quando chegamos eu, Wellington, e Paulo de Tarso, estreante no esporte, na praia do saco-SE. Aproveitamos o por do sol vendo as tartarugas nas pedras da praia. Logo mais às 21h seria o briefing, adiado para a manhã da largada. Isso quebrou o descanso das equipes.

Feito o briefing, simples e rapido, orientação e mapas fracos, ajustamos melhor a logistica já que não teríamos apoio nem caixas.

Pronto! Largada na praia às 8:30h. Super sol, apenas 6 equipes presente, sendo 2 quartetos e 4 duplas. Lá fomos nós para 25 km de trekking com dunas, praia e estradão no qual terminamos em 2°graças a ousadia nossa em azimutar nas lagoas secas e dunas atrás do quarteto Oskaba.

Aí o bicho pegou nessa AT. Enquanto o PT ajeitava a transição pra bike fui nadar quase 1km pra cumprir a tarefa na boca da barra. Correnteza forte, água fria e balanço das ondas resultando em caimbras fortíssimas na panturrilha ao sair do mar que travou as pernas por dois minutos. Quando consegui aliviar, vieram o vômito, tontura, dor de cabeça e mal estar. Para piorar, o barco que estava longe e era pra ser contornado a nado pelas outras equipes, se aproximou demais dando uma mãozinha a elas.

Saindo desse PC, depois de uns 30 minutos de agonia, conseguimos nos manter no páreo no trecho de 30 km de bike sendo asfalto e estradão com muita areia fofa. O calor estava cada vez pior e as caimbras em mim não nos deixavam passar de 20 km na bike.

Pegamos o caiaque no bolão das equipes e agora seriam 42km de caiaque, quase todo contra a correnteza. Após pegarmos o PCV 12 passei malzão tendo novamente vômito, acompanhado de caimbras no diafragma, costas, cabeça do femur e até no maxilar. Resumindo: sentado travava as pernas, vomitava travava o diafragma, remava e aí eram caimbras também nas costas. Tivemos que parar por 1h pois já estava saindo só a bílis e nada que comia conseguia segurar.

Depois de um ataque de mutucas e mosquitos conseguimos seguir na prova. Numa recuperação absurda alcançamos a equipe Selva no PC 13 e a coalizão R2 Companheiros, que estavam em um sexteto, no PC 14, daí foi acelerar até o final do remo e girar freneticamente nos 40 km finais de bike até a chegada às 3:20 da madruga.

A prova foi boa e tivemos agua à vontade entregues pela organização. Mesmo com pouca orientação e muito asfalto, a prova foi bonita e dura como tem que ser a aventura.

Abraço a todos os competidores que mantiveram um espírito fraterno, alto astral durante toda a prova.
Wellington Santos
Equipe Maré Alta

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