Sem calçados, atletas da Makaíra improvisam para vencer trekking na Carrasco Fast

Por Wladimir Togumi - 14.Oct.2010

Fazer uma seção de trekking nem sempre é fácil. Descalço então, torna-se quase impossível. Pelo menos essa era a opinião de algumas pessoas que aguardavam a equipe Millennium D'Aventura Makaíra no PC05/AT04 da Carrasco Fast.

Por um descuido com as informações da prova, alguns integrantes da equipe Makaíra saíram para remar sem seus calçados, pensando que encontrariam seus apoios na beira do rio, mas antes disso os atletas tiveram que enfrentar um trekking até a transição.

"Enquanto a trilha era pasto e caminho de boi estava ótimo, o problema foi quando entramos na 'floresta de espinhos'... Espinhos pelos lados e principalmente pelo chão", comentou Deborah Feiden. "Em determinados lugares ficava impossível caminhar, então colocávamos os coletes no chão e passávamos. O último os recolhia e passava para o primeiro fazer o caminho de novo. Era rir para não chorar, sem contar o ataque intenso dos pernilongos, que picavam com vontade pelo ritmo ter diminuido muito. Mas para minha sorte, Náru encontrou um chinelo (pé direito) que era pequeno e só dava em mim. Eu alternava o chinelo ora no pé direito, ora no pé esquerdo, e para minha completa felicidade, Maurão encontrou um pé direito de tênis velho! Aí foi só alegria... chinelo direito no pé esquerdo e o tênis no pé direito...fantástico!!!!!"

Ainda na busca por proteção para os pés, Deborah encontrou uma sola solta de borracha que foi prontamente aproveitado no melhor estilo McGyver. "Como já tinha o chinelo passei-a para Augusto, que prendeu a sola no pé com esparadrapo e no outro pé amarrou a camisa da prova. Narú colocou minha meia de trekking, que era mais grossa e por sorte estava na mochila e também conseguiu proteger os pés um pouco. Só Maurão, esperto, remou de papete e então estava mais tranquillo com os pés.

Acredite, foi bronca vencer essa perna de trekking, mas o importante é que ninguém pensou em desistir. Simplesmente encaramos como se estivéssemos de tênis, e mesmo saindo do último lugar, ainda terminamos em sexto", completou Deborah.

Mapa - para Náru, navegador da equipe, o novo material utilizado na impressão do mapa foi muito bem vindo. Além de poder ser dobrado, amassado e não precisar de impermeabilização, o mapa foi utilizado como proteção. "No trecho que estava descalço enfrentado a caatinga, o mapa foi um dos meus principais instrumentos para cobrir o chão em momentos de desespero. Na descida do morrão, foi meu escudo lateral contra os espinhos. Durante a natação ele foi na minha mochila sem saco estanque. No remo estendi ele no piso do barco, todo aberto, com água por cima."

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