A primeira corrida de aventura a gente nunca esquece... E é isso mesmo, me lembro até hoje da minha primeira corrida, uma Chauás longa em Peruíbe em 2003, hahahaha isso mesmo... Coragem acho que é uma virtude que me acompanha faz tempo, encarar uma prova longa logo de cara não é fácil pra mente e muito menos pro corpo, mas com a ajuda do hoje Ironman Sidney Togumi e do inesquecível Ozzy consegui chegar e vencer meus próprios limites. Vou sempre me lembrar de vocês queridíssimos....valeu!
Após alguns anos de corrida de aventura, algumas equipes, alguns quilômetros rodados, experiências únicas, perrengues sem fim e visuais fantásticos, pude fazer parte da primeira corrida de aventura na vida de dois grandes amigos: Robertinha Santiago, musa do moutain bike e hoje corredora de aventura que nunca mais se esquecerá do Haka em Ubatuba, e do ilustre organizador das provas do Adventure Camp “Gambá”, que saiu do carro de staff e da frente dos Googles Maps e Earth e viu de perto como é a “adrena” dos corredores de aventura durante todo o percurso da prova.
A animação pré prova foi sensacional... Os preparativos tanto psicológico quanto de equipamentos e alimentação é muito bom... ficamos conhecidos como “casal do face”, ou melhor Facebook, pelos nossos posts de motivação e diversão sobre a prova todos o dias.
A ansiedade do meu amigo era nítida e igualzinha a minha em minha primeira corrida de aventura, só que com uma diferença: “Gambazito é um trator gente”. Isso mesmo, filhote do meu querido amigo, idealizador do Adventure Camp e corredor “Zolino”, que ensinou direitinho ao menino e bota ele pra correr todo final de semana no levantamento das provas do Camp. O cara tem um preparo típico de corredor experiente e é a grande promessa da corrida de aventura, hahahaha. Tô falando sério! Ahhh, ele não tirou o mapa do bolso, juro.
Diversão e glamour não faltou, falar bobagem muito menos. Acho que corrida de aventura é isso, um equilíbrio de preparo físico, diversão e sintonia entre as equipes e essa sintonia foi perfeita, pelo menos isso, pois meu preparo era menor que esse corredor de primeira viagem, hehehe.
O nome da nossa equipe era Adventure Camp em Mogi /Gamaia Esportes graças ao nosso “pai”trocinador Zolino e a minha amiga/parceira/eterna chefa Roberta, da Gamaia Esportes, que nos cedeu os uniformes, com o qual ficamos chiquérrimos e elegantes para os inúmeros “clicks” dos fotógrafos presentes.
Largamos mega acelerados, me animei com primeiro trecho de remo e tive o gostinho de fazer parte do pelotão da frente pelo menos nessa modalidade... Caso contrário acho que me matava, remar é minha modalidade preferida. (acho que o treino diário do meu parceiro para o remo ajudou bastante também, kkkkkk).
Após remar 8 km a favor vem a idéia (#hakaroubada, kkkk) de remarmos contra ou fazer o portage 2km. Portage lógico, muito mais fácil? Ou quase isso....um charco tipo areia movediça foi insano e quando saí estava lotada de formigas, pulava igual perereca e meu parceiro Gambis me batia no intuito de matar as 200 formiguinhas que invadiam meu corpo, hahaha.....
Depois de apanhar por alguns segundos seguimos com meu super herói levando o duck nas costas e eu os remos .....rs (obrigado mais uma vez parceiro). Mais alguns metros e pernas pra que te quero... Seguimos em trekking, correndo, andando, acelerando, parando, comendo YUMI, rsrsrs aquelas balas de gelatina em forma de bichos e frutas. E pior que a jujuba é boa mesmo. Gruda no dente, mas distrai.
Próxima parada: rapel....”só o cume interessa”... minha nossa senhora da bicicretinha viu... só de olhar cansava, mas subimos. Lógico que o Gambá quase subiu correndo enquanto eu de quatro ia levando uns carrapatos pra casa. E como levei, uma coleção me acompanhou até o final da prova, hahahaha.
Infelizmente passamos batido pelo rapel, visto que teríamos que esperar por quase 2 horas para descer. Meio insano essa espera, psicologicamente falando. Vamos com tudo parceiro, a vida continua....
Descer é sempre bom né... uma torcidinha no pé pra ajudar e vai que vai.
Chegamos no AT de bike. Come, hidrata, conversa, ri e boraaaaaaa.... Santo “Gambá” esse menino, indico a toda corredora de aventura viu. Uma paciência, um espírito de equipe sem igual. Pensei que fosse me matar pelo meu ritmo, mas me acompanhou direitinho... Só pra ajudar a roda da minha bike estava empenada, a perna não ajudava, o joelho doía, os dedinhos do pé tinham câimbra, mas o astral era sempre o mesmo...
Até que numa íngreme subida de um determinado morro, lógico que Gambis estava à frente, escuto um "aiiiiiiiiiii". E não é que meu parceiro teve câimbra e caiu de maduro na ribanceira, hahahaha. Eu não conseguia enxergar a cabeça dele, pensei de verdade que ele tinha rodado morro abaixo... cápsulas de sal , algumas balinhas YUMI (aquelas de gelatina) e boraaaaaaaaa....
Parada para a retirada da senha para a passagem na ponte e vamos pedalar...
E de novo meu parceiro me surpreendeu, cortamos um caminho rumo ao último PC e passamos diversas equipes que ficaram perdidas no eucaliptal. “Ponto pro meninos”, ufa...não seríamos os últimos mais..aí animou e até a chegada aceleramos tudo.
Passar o pórtico de chegada é uma sensação única de dever cumprido e superação pessoal, ainda mais com amigos especiais como o “Gambá”. Valeu parceiro, sem palavras para agradecer a companhia nesse sábado tão atípico de pessoas comuns. Agradeço também aos inúmeros carrapatos que me acompanharam até em casa, estando ao meu lado ainda por alguns dias, hahahaha
CORRER E COÇAR é só começar....
Fabiana Ferreira “ Faby”
Equipe Adventure Camp em Mogi/Gamaia Esportes
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