Relato da Access Plus Tapuia na Expedição Carcará 2010

Por Fernando Fregni - 09.Jun.2010

Domingo, dia 30, exatamente no horário marcado (peculiaridade dos organizadores da Expedição Carcará), 15:00h, sob um sol que beirava os 40ºC, foi dada a largada da mais esperada prova em solos potiguares dos últimos tempos: A Expedição Carcará.

No briefing, o Véscio, um dos organizadores, me disse que passaríamos por todos os tipos de terrenos e condições meteorológicas. Confesso que achei difícil, mas realmente isto aconteceu. Serras, chapadas, canions, baixadas, pedras, areia, dunas, praias, rios, represas, lagoas, caatinga, calor e chuva foram um pouco das condições que enfrentamos nesses 5 dias de prova.

A Tapuia, com uma formação inédita - Eu e Patrick (Tapuias), Inês (a Véia, agora Tapuia) e o Mané (Terra de Santa Cruz-PE) - aliamos a experiência de equipe com idade dos componentes mais avançada da competição (159 anos no somatório), amizade, determinação e muita harmonia para atingirmos o pódium da Carcará 500 Km.

Fizemos o primeiro terço da prova num rítmo forte, pois os primeiros pontos de corte determinados pela organização estavam apertados. Lideramos a prova, seguidos de perto pela Trotamundo, que junto com a gente foram as únicas equipes a bater o primeiro ponto de corte no tempo determinado no briefing. Como apenas duas equipes cumpriram o previsto, a organização resolveu estender o primeiro ponto de corte em 4h, assim, mais duas equipes conseguiram chegar.

Partimos então para uma disputa ferrenha com a equipe mineira. Brinquei durante a prova, dizendo que era a corrida do coelho contra a tartaruga, pois a condição física da Trota fazia com que eles nos ultrapassasse, mas erros de navegação nos botavam em vantagem novanente. A Rose já estava aloprando, rsrsrsrsrsr.

Nesta situação nossa Véia, a Inês, começou a sofrer vários ferimentos nos pés. Em todas AT tínhamos que gastar um tempo maior na confecção dos curativos. No trekking que antecipava o 2º corte da prova, fomos para a morte e a Véia deu o sangue pois ali acreditavamos que garantiríamos o segundo lugal, mas faltando 10 minutos para o PC fechar, a equipe Direction chegou.

Avaliamos que ou diminuíamos o ritmo ou poderíamos botar tudo a perder. Decidimos continuar na prova, sem nos preocupar com o que estava acontecendo tanto com as equipes que estavam na nossa frente quanto com as que estavam atrás, assim, ficamos no terceiro ponto de corte: o rapel.

O útimo terço da prova foi mais tranquilo, o terreno proporcionava maior velocidade com a bike e no 3º trecho de canoagem que era de 22Km, pegamos a maré a favor e o completamos em 3h. Tinhamos a opção de não fazermos o trekking até Genipabu, pois o terceiro lugar já estava garantido sem ele, mais isso não é coisa da Tapuia... Ficar no quarto ponto de corte de propósito, não! Fomos para a morte, fizemos a costeira, a pista de orientação e o trecho final de bike até a chegada, completando o percurso da prova em 123h.

Parabéns aos organizadores, Toinho e Véscio pela prova espetacular que nos ofereceram; obrigado aos Staffs, patrocinadores e todos que fizeram essa prova acontecer; parabéns à todas as equipes que conosco participaram desta peleja; valeu Mara, Renata, Maria Cecília e Cissa, Tapuinhas de carteirinha que com suas torcidas nos transmitem as melhores energias; nosso agradecimento especial aos anjos da guarda BRUNO e MARQUINHO, equipe de apoio que nos aturaram e fizeram o impossível para nos dar as melhores condições para enfrentar esta prova e finalmente a gratidão e a saudades à Inês e Mané, foi ótimos tê-los na Tapuia e que esta não seja a última vez.

VAMOS PARA A MORTE, TAPUIA, TAPUIA, TAPUIA, TAPUIA!

Fernando Fregni
Access Plus Tapuia

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