XTERRA faz história na Amazônia

Por Redação - 07.Jun.2010

Depois de quase vinte anos de existência, seis no Brasil, o XTERRA finalmente chegou à maior floresta do planeta, a Amazônia. Em um evento repleto de emoção e surpresas, o maior triathlon cross country do mundo reuniu cerca de 200 atletas na Base de Instrução 4 (BI4), dentro do chamado quadrado maldito, do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS). A prova começou com a oração do Guerreiro de Selva entoada em coro por todos os participantes e a largada foi dada com explosivo na água, para surpresa de todos.


© Bruno Kelly


© Antônio Lima


© Bruno Kelly

"É inacreditável estar aqui. Quando criamos o XTERRA, nem em nossos maiores sonhos podíamos imaginar que chegaríamos à Amazônia", diz Dave Nicholas, diretor geral do XTERRA Global Tour, que veio ao Brasil acompanhar de perto o evento histórico.

"Sem dúvida é a edição mais especial desses anos de XTERRA no Brasil. O evento envolveu uma logística complexa para poder trazer os atletas para o coração da selva", comenta o organizador do evento, Bernardo Fonseca.

E o clima da competição na selva começou bem cedo, quando o grupo saiu em comboio, às 4h, até a base de Paraquequara, de onde seguiu em barcos do Exercito até a BI4, onde os atletas foram recebidos com café da manhã. Em uma prova, que contou com um percurso inédito, no meio da floresta nativa, a vitória ficou com um verdadeiro guerreiro : Alexandre Manzan.

O atual campeão do circuito XTERRA venceu a prova mais esperada do ano, contrariando todas as expectativas, já que na etapa anterior, em Pedra Azul em 15 de maio, Manzan quebrou a mão esquerda e precisou passar por cirurgia há duas semanas. Ainda com os pontos da operação que colocou pinos e placa de fixação, o brasiliense não deu chance aos outros competidores nos 1,5km de natação, 30km de mountain bike e 9km de corrida do percurso. Depois de nadar, pedalar e correr muito, o maior campeão do XTERRA no Brasil venceu sua segunda prova da temporada (das três realizadas até agora), fazendo o dia 5 junho de 2010, data de seu aniversario de 36 anos, ainda mais especial.

"Foi uma prova difícil e ao mesmo tempo muito gratificante e inspiradora. Decidi vir apenas na quarta-feira que viria, mas sem a obrigação de ganhar. Queria mesmo é curtir meu aniversário no XTERRA e na Amazônia", diz Manzan, que calcula ter perdido quase 3kg ao longo da prova devido ao forte calor e desidratação.

Em segundo lugar ficou Frederico Zacarias (MG), seguido pelo argentino radicado em Niterói, Ezequiel Morales. Rodrigo Altafini foi o quarto e Branden Rakita (EUA) o quinto. Todos dividiram o prêmio de US$ 4 mil, o mesmo valor dado às cinco mais rápidas do feminino

Entre as mulheres, a prova não foi menos disputada. A neozelandesa Jenny Smith sofreu com o calor, mas venceu o XTERRA na Amazônia logo em sua primeira competição no Brasil.

"A prova foi muito difícil para mim. O clima é muito quente na floresta, bem diferente do lugar onde treino. No final cheguei a até a pensar em desistir. A melhor parte na minha opinião foi a natação, achei incrível nadar num rio daquele. A pior foi a corrida, tive medo de encontrar um onça no caminho!", revela a atleta que já tem presença garantida no XTERRA de Angra dos Reis, em agosto, etapa do Circuito Mundial.

As trilhas da selva amazônica ferveram ainda mais do que o normal com a disputa entre Carla Prada, que terminou em segundo lugar, e argentina Maria Soledad Omar, terceira. Cristina de Carvalho e Sabrina Gobbo completaram as top 5.

"O mountain bike foi trecho mais técnico e difícil, havia muito single track e muita lama. Foi nesta parte da prova que ultrapassei a Soledad e a Cristina, pois as duas não conseguiram pedalar direito, com a lama travando as rodas das bikes", disse Carla Prada, segunda colocada na categoria profissional do triathlon.

Resultados:
Masculino

1. Alexandre Manzan (BRA), 2h38min36
2. Frederico Zacharias (BRA), 2h50min21
3. Ezequiel Morales (ARG), 2h51min22
4. Rodrigo Altafini (BRA), 2h55min44
5. Branden Rakita (EUA), 3h02min18

Feminino
1. Jenny Smith (EUA), 3h22min15
2. Carla Prada (BRA), 3h39min41
3. Maria Soledad Omar (ARG), 3h42min50
4. Cristina de Carvalho (BRA), 3h56min20
5. Sabrina Gobbo (BRA), 4h03min48

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