Até que foi tranquilo acordar às 5 da matina no sábado, depois de ter feito o Adventure Camp “arrancando as tampa” com a Santa Fé no domingo anterior. Rodolfo e Tiago também haviam corrido com a Lobo. Estávamos motivados e com vontade de fazer essa etapa. A mesma formação que corremos à Ilhabela: eu, Rodolfo, Tiago e Bárbara (Bita).
Havia conversado com o João Castro (organizador) e ele comentou que preparava a prova com bastante orientação, em trechos conservados e isolados da região de Paranapiacaba. Superei minhas expectativas por motivos técnicos, sustentáveis e de atenção para com os atletas.
Mapa atualizado perfeitamente (obrigado Jesus!) e já plotado, com ampliações em 1:25.000 nos trechos urbanos de Ribeirão Pires, Paranapiacaba, e no vilarejo de Taquaruçu onde foi realizada a técnica vertical. Facilita a visualização e dinamiza a prova.
Todo o material utilizado desde adesivo pro capacete, placas de bike, brindes como porta mapa e sacolas biodegradáveis, entre outros, tinha algo pensado sobre sustentabilidade e simplicidade.
Largamos 10 e pouco da manhã, correndo por 4 km na cidade e logo na margem da represa, PC1. Pegamos os caiaques rumo ao PC 2 que continha as coordenadas do PC 3 e um picotador, para comprovar a presença no PC.
O PC 3 estava há 6 km, em um riacho depois de atravessarmos a represa rumo a Rio Grande da Serra.
Lá a fiscal nos cobrou o picote, porque sinceramente eu já havia me esquecido de mostrar. Ótimo, fiquei contente porque em corridas, muitas vezes, pcs virtuais não são cobrados e perde-se o sentido, a justiça.
PCs 4 e 5 mais 9 km de trekking “coração na boca”. Nossa estratégia era de chegar nas bikes sozinhos, pra equipe não influenciar, nem ser influenciada, no trecho de MTB, que seria o decisivo. A navegação nesse trecho era tranqüila, mas tinha 7 bifurcações importantes. Quem baixou demais a cabeça, já perdeu alguns minutos de luz.
Transição no PC 5 e disparada, MTB linha reta 5.5km até Paranapiacaba PC 6. Nossa estratégia inicial demonstrava o efeito rebote e nosso ritmo de pedal estava um pouco prejudicado, perna mole, mas que parecia estar dando certo, pelo menos estávamos sozinhos e permanecemos assim até o final. 4.5 km depois, PCs 7 e 9, Taquaruçu: ali as bikes ficavam, trekking curto até o rapel PC8 (apenas 1 integrante) e retorno.
A trilha era curtinha, com um pouco de vara mato no final. O rapel estava montado em um lugar bem pouco explorado, uns 25-30 metros de uma descida entre 2 rochas sobrepostas por mata, como um cânion. Bikes de novo até a chegada.
Este último trecho de bicicleta foi evoluindo seu nível técnico gradativamente, tanto na orientação quanto ao terreno. Navegação de várias entradas e a pista cada vez mais acidentada, passando por erosões e partes técnicas, escorregadias. Melhorava um pouco e outro trecho difícil. O PC 11 foi o decisivo pra tirar o pessoal do “labirinto” e no PC 13 já estávamos na cidade novamente. 43 km no total.
Depois de 6h e 40 minutos, 63 km. Já era quase noite: 16h46min, quando cruzamos o pórtico. A neblina baixava e atrapalhava a orientação de boa parte dos atletas. Fomos checados quanto aos equipamentos obrigatórios, mais um momento de cuidado e atenção.
Parabéns a todos os participantes que encaram a corrida de aventura como forma de evoluir, mentalmente, socialmente, fisicamente. Quanto maiores os desafios, maior nossa provação e aprendizado.
Agradeço também a Curtlo, o pessoal da Lobo e a toda a organização do TFS.
Grande abraço a todos.
João Bellini Jr.
Equipe Curtlo Lobo Guará
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