Comunicado Oficial da organização do Running DAVENTURA sobre o PPO-B

Por Redação - 27.Apr.2010

Prezados Atletas,
Por meio deste, conforme questionamento de alguns atletas, vimos nos reportar oficialmente com relação ao assunto PPO (especialmente o PPO-B) ocorrido no RUNNING DAVENTURA 2010:
O fato é que o termo PPO – Ponto de Passagem Obrigatória, bastante utilizado em provas internacionais como, por exemplo, o Ecomotion, não é o termo correto do que realmente ele representa, portanto a assumimos que a terminologia utilizada foi inapropriada.

A falha se agrava pelo fato do Regulamento Oficial da prova (disponível aqui no site) não conceituar o PPO, assim como temos para os conceitos de PC, PCV e AT.

É importante ressaltar, ainda, que o PPO é utilizado com a finalidade de garantir a segurança dos atletas, induzindo que os mesmos passem pelo local mais apropriado que é o mapeado e indicado pela equipe de mapeamento e segurança/resgate da prova.

MOMENTOS EM QUE FOI EXPLICADO O SIGNIFICADO DO TERMO PPO:
A explicação da finalidade do PPO foi explícita nos seguintes momentos:

BRIEFING
Em primeiro lugar, gostaríamos de sinalizar que o Briefing Técnico realizado na sexta-feira, na cerimônia de abertura, foi bastante comprometido pelo atraso dos atletas. Vale aqui um alerta de que toda a programação do evento tem um propósito e entendemos que deve ser respeitada pelos atletas visando a sua própria preparação para a prova.

Às equipes que presenciaram o briefing (percebemos que algumas não estavam presentes, inclusive houve equipe que até perdeu a largada), foi dito que:
- PPO's: o PPO não é PC, não haverá tomada de tempo das equipes sequer assinaturas de planilhas, são apenas pontos utilizados pela organização para aumentar a segurança dos competidores, já que esta é nossa premissa ao montarmos uma corrida. Com relação ao PPO-A, pode ou não haver pessoas, já o PPO-B, colocaremos nosso diretor de segurança lá para poder vislumbrar quais equipes já passaram do setor mais arriscado ou não, pra facilitar um possível resgate de equipes.

RACE BOOK
“Os Pontos de Passagem Obrigatória (PPO) são locais de segurança, os quais devem ser acessados pelas equipes. Os mesmos podem ter ou não fiscal de prova e não há registro de tempo.”

Ainda no RACE BOOK, transcrevemos abaixo:
"PPO-A – Itaparica – Modalidade: Canoagem – Local: Hotel Icaraí (perto do Forte São Lourenço) – Informação: As equipes devem margear a praia do forte São Lourenço. Poderá ter ou não fiscal de prova. Não haverá registro de tempo da equipe."
"PPO-B – Chopana de Caçadores – Modalidade: Trekking – Local: depois do rio – Informação: Antes de chegar ao PPO-B, os atletas devem ter cuidado com uma passagem estreita, à beira de um penhasco, que fica antes do rio informado aqui."

PASSAPORTE
O próprio passaporte não contem o PPO-A, PPO-B ou PPO-C, o que já indica que não há controle de tempo e eles não são PC.

RESOLUÇÃO APLICADA PELA ORGANIZAÇÃO:
A regra é clara, PPO não é PC. Não está previsto no regulamento. Apenas no Race Book e pode ou não ter fiscal, assim como não tem controle de tempo. É obrigatório, sim, (apesar de não ser o termo mais apropriado) por questões de segurança. Sendo assim, enquadramos o PPO da mesma maneira que um equipamento obrigatório, o qual os atletas devem ter o bom senso de utilizar durante a prova. Ou, por exemplo, as equipes deviam vestir seus coletes salva-vidas por baixo do colete de prova. Ou ainda era obrigatório que todas as equipes navegassem pela Baía de Todos os Santos com suas lâmpadas ligadas e light-sticks acessos! E que portassem seus telefones celulares! Será que todos cumpriram estas regras? Sinceramente, a organização sabe que não, mas infelizmente, não tivemos e, provavelmente, assim como em outras provas de aventura, não teremos jamais condições de averiguar de perto o uso full-time de tais equipamentos. Mas, a consciência de cada um deve falar mais alto!

Bom, outro ponto é que nossa equipe de resgate não permaneceu no PPO-B 100% do tempo, pois não era esse o propósito. Eles se deslocaram para outras trilhas em busca das equipes perdidas. Por isso, a organização, com as informações que captou, não pode afirmar 100% quais equipes não passaram por lá, já que não estávamos com este foco e nem ficamos todo o tempo da prova posicionados no local.

Porém, tendo em vista a aceitação do erro de que o termo “OBRIGATÓRIO” gerou dúvidas e realmente não é o mais apropriado, decidimos:
Não havendo o propósito de controle de tempo, nem mesmo nossa condição de avaliar quem passou ou não pelo local, decidimos penalizar as equipes que não passaram pelo local do PPO-B em 1 h. Mas, por que 1 h? Porque este foi o maior tempo identificado concretamente, através de fatos reais, seguros, disponibilizados pelo GPS TRACK fornecido pelo Adventuremag, de uma equipe alcançar o PPO- B a partir do ponto que todas as outras equipes se perderam e desceram à esquerda para o vale errado.

Através do GPS TRACK pudemos ter certeza de que algumas equipes, realmente não passaram no PPO-B, pois muitas se perderam antes mesmo do PPO-B e nem sequer estavam na trilha certa para alcançar o local do abismo.

Além disso, houve outro caso de existirem muitas choupanas de caçador, isso fez com que algumas equipes ao se depararem com uma, acreditasse que estavam no caminho certo, que ali era o PPO-B e seguiram em frente, já que a organização do evento poderia ou não ter colocado ali fiscais de prova. Portanto, entendemos que não houve nenhum tipo de ma fé por parte dos atletas.

E também identificamos que algumas equipes levaram apenas 40 min a 1 h de tempo “perdidos” procurando o PPO-B, o que mostra que o PPO-B era um ponto difícil, sim, mas acessível, sobretudo.

Portanto, considerando nosso controle parcial do PPO-B e o GPS Track das equipes Millennium DAVENTURA Makaira, Gantuá Millennium Granola Tia Sônia, Ospato, Insanos Millennium Adventure e Olhando Aventura Capibaribe, assim como testemunhas de outras equipes, pudemos identificar que algumas equipes realmente não pegaram o PPO-B e por isso serão penalizadas conforme dito acima.

CONCLUSÃO
Reconhecemos, realmente, que o uso da expressão PPO gerou muitas dúvidas e fomos infelizes na escolha do termo obrigatório. Aprendemos a lição, somos seres humanos, factíveis ao erro e o aprendizado é contínuo. Na próxima corrida, se tivermos que usar alguma referência de segurança, a nova expressão será PPS – Ponto de Passagem Segura ou Ponto de Passagem Sugerida.

Com a consciência tranquila, sabendo que sempre fomos e sempre seremos profissionais, transparentes, comprometidos com a verdade e, sobretudo, responsáveis com todos os participantes, podemos afirmar que esta confusão ocorreu por excesso de zelo, de preocupação com a integridade dos atletas e com isso optamos por utilizar o PPO-B como melhor ponto de gestão da segurança da prova. Ali era quase que o ponto intermediário para escape para quaisquer um dos PC's, 1 ou 2. Inclusive, só à título de informação, nossa prova estava preparada com uma equipe de resgate formada por 3 resgatistas, 3 residentes-médicos, continha ainda o apoio da Capitania dos Portos (com sua lancha), 1 lancha própria da organização nos dois trechos de remo, 1 escuna também no trecho de remo da BTS, 1 barco para o trecho de natação e, ainda, outra lancha rápida entre o PC1/AT1, PC2/AT2 e PC4/AT3 e PC5/AT4. Além disso, utilizamos 9 rádiocomunicadores veiculares e mais 8 radiocomunicadores HT’s, 2 caminhões, entre outros recursos. Tivemos ainda 2 (dois) rastreadores via satélite com serviço de Busca e Salvamento em qualquer lugar do planeta com franquia de até US$ 100.000,00 para necessidades de resgate e intervenção médica. Tudo isso pensando na segurança dos atletas!

Finalmente, esta nota técnica oficial visa, portanto, esclarecer estes pontos e reportar a correção de um erro real de terminologia. A DAVENTURA respeita muito seus atletas e trabalha arduamente para apresentar o melhor e sempre prezará pela qualidade em tudo o que faz e principalmente pela segurança e integridade de vocês.

Vale ressaltar, por fim, que a resolução aqui reportada foi discutida e acordada em reunião com a Federação Baiana de Corrida de Aventura, na presença dos Srs. Mauro (Presidente da FBCA), Ângelo (Diretor Técnico da FBCA), Pugliese (Diretor Financeiro da FBCA), Gustavo (Diretor Técnico do RUNNING DAVENTURA) e Tiago Valois (Diretor Geral da DAVENTURA e do RUNNING DAVENTURA).

Conforme previsto no regulamento, iremos divulgar em até 72 h o resultado oficial da prova.

Com respeito a todos os atletas,

Tiago Valois
DIREÇÃO GERAL
RUNNING DAVENTURA

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