Eu já estava com a cabeça na prova, sentindo a ansiedade no estômago, quando o Dema trocou seus gritos de incentivo por palavras doces e um pedido sensato: faça a prova contente, divirta-se muito!! Dessa vez ouví meu treinador sem contestar.
Troquei meu último treino por uma boa dose de conversa e em alguns dias eu estava de volta à São Luiz do Paraitinga, onde um ano antes eu havia feito a minha primeira prova de aventura e subido ao podium pelo que acreditávamos ser… sorte de principiante! Em um outro ano, com outra equipe, numa cidade igualmente receptiva, mas ainda se recuperando de seu destino, a meta ainda era a mesma: terminar a prova. Uma prova mais longa que aquele primeiro Camp, feita com um pouco mais de experiência, que vingaria a desistência do outro Haka 150.
Correndo pela primeira vez todos juntos fomos nos reconhecendo à medida em que a prova foi passando. As metas da prova já estavam todas traçadas: cada um deveria ter uma função na equipe, deveríamos fazer uma prova tranquila, sem forçar pra não quebrar, andar sempre juntos, avisar antes de ultrapassar de bike, ter sempre alguém acompanhando o mais fraco, cuidar um do outro, passar no corte, puxar a mari se preciso, comer pizza no PC e… ufa!!! cruzar o pórtico.
O nosso apoio foi mais uma vez incrível, além da famosa pizza de mussarela, a inovação desse ano foi um super x-salada. Sinceramente, não ter o acompanhamento de um nutricionista tem lá suas vantagens, e elas são deliciosas, devo confessar.
Depois do tombo, e sempre existe um tombo, as descidas não foram mais as mesmas e os meninos por muitas vezes tiveram que me esperar. Como sempre, eu contava os PCs pra chegar no apoio… “então depois do remo e do trekking, tem o Mau, certo?!” e com ele a minha antiga equipe, a mesma da primeira prova em São Luiz, nos acompanhando em todos os PCs.
Estavámos bem até a brilhante idéia de apagarmos as lanternas “para que as outras equipes não nos sigam”… Era noite e íamos em direção ao PC do remo. A idéia realmente era boa, tendo ainda a forte luz da lua pra nos acompanhar, mas isso se não estivéssemos seguindo na direção errada. Foi quando olhamos para trás e não vimos mais nenhuma equipe… acho que os outros perceberam nosso erro antes de nós e usaram da mesma estratégia… quando chegamos ao Paraitinga, estávamos 6Km à frente do PC, morro acima, morro abaixo, pegamos o remo já atrás de muitas equipes. Não estar entre os primeiros nos fez curtir ainda mais o remo, a lua, os lanches, a nanucha (obrigada, meninos !!),… e assim chegamos ao último PC com apoio, já quase pela manhã.
Mais um pouquinho de bike e lá estávamos nós no pórtico mais uma vez.
A EU VOU tem o apoio do Restaurante Livorno e Clínica Colunare.
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