Brutalidade máxima na 1ª Corrida de Aventura Brou Adventure Team

Por Wladimir Togumi - 30 Mar 2010 - 10h41

A brutalidade foi máxima! Aproveitando um termo usado pelos organizadores, assim pode ser definida a primeira edição da Corrida de Aventura Brou Adventure Team e significa que a prova levou os participantes ao extremo em um percurso com muita navegação e bastante exigente fisicamente. Atletas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás estiveram presentes.

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A base do evento foi montada no centro do municipio de Acaica, localizado a cerca de 2 horas de Belo Horizonte, e como todas as provas em Minas Gerais, as montanhas da região seria um dos desafio a serem superados.

A percurso foi formado por várias alças que traziam os competidores a todo momento de volta à cidade, onde faziam as transições e tinham acesso às caixas de reabastecimento. A subida em corda na ponte da cidade sem a ajuda de equipamentos ascensores foi o ponto alto para a cidade e muitos moradores foram acompanhar de perto o esforço dos atletas para vencer os aproximados 9 metros de altura, que aumentou em relação ao divulgado pela organização devido à diferença do nível do rio.

A largada aconteceu de trekking e uma íngreme subida até o PC 0 serviu de aquecimento para os competidores. Antes de seguir para a primeira transição eles passaram pela primeira vez na cidade para pegar seus equipamentos de técnicas verticais e seguiram para o início da canoagem.

O atleta solo Marcelo Santos desde o início buscou a liderança e tentava se distanciar do restante do grupo, mas era seguido de perto pelo carioca Guilherme Figueiredo. Apesar da disputa metro a metro, Guilherme correu na Aventura e não era um concorrente direto.

A descida do rio alternou corredeiras, remansos e portagens obrigatórias, exigindo muita resistência nos braços para vencer a seção de 11 quilômetros de canoagem. Ao chegar na cidade os ducks eram parados sob a ponte e os atletas vestiam seus equipamentos de técnicas verticais para a subida da corda. A organização exigiu que os equipamentos ficassem dentro da mochila até o momento certo por questões de segurança, pois caso algum duck virasse no rio a cadeirinha poderia se enroscar em algum objeto debaixo d'água.

Os nós nas cordas serviam de ponto de sustentação, mas para conseguir subir era necessário fazer muita força. A segurança em top-rope evitava a queda dos participantes e também serviu de descanso para quem não conseguia subir direto. O público presente assistia a tudo de camarote e aplaudia aqueles que completavam a dura subida.

Quem surpreendeu a todos foi o atleta Alex Rodrigues, integrante da dupla carioca The Hunters, que tirou os tênis e utilizou os dedos dos pés como uma espécie de alicate, conseguiu um bom apoio nas cordas, fez uma subida muito rápida e ultrapssou alguns concorrentes. Para o atleta Flavio Vianna, da Trotamundo, "o melhor era subir rápido e de uma vez só".

A seção seguinte de mountain biking foi a que definiu parte da classificação final. Com navegação difícil, caminhos que desapareciam a todo momento, mata fechada, trechos impossíveis de pedalar, muito capim-navalha e parte feita durante a noite, ela levou mais tempo que o esperado e fez com que algumas equipes desistissem da prova ao retornar para a cidade. Dentre os desistentes pela longa duração da prova até aquele momento estavam os atletas solo Humberto Mamute e Henrique Araújo, que tinham compromissos profissionais e pessoais no dia seguinte e com isso deixaram a vida ainda mais fácil para o gaúcho Marcelo Santos.

Já para a equipe Brazil Extreme a saída da prova foi forçada por um selim que soltou do suporte. Sem condições de pedalar, a dupla foi obrigada a abandonar.

Nos quartetos a Quimera também desistiu depois do mountain biking e a equipe foi se desagrupando a cada seção. Mariza Helena e Adriano Dantas seguiram para o trekking seguinte mesmo desclassificados e ao retornar, apenas Mariza se manteve disposta a completar todo o percurso. Ela esperou um bom tempo por um quarteto para seguir junto, mas acabou indo embora pouco antes da Leões de Judá voltar para a cidade.

Entre os quartetos, os capixabas da Sinergia lideraram no começo mas foram superados pela mineiros da Yak's e Trotamundo. As duas saíram juntas para o trekking, penúltima seção da prova, e travaram uma disputa particular. Quem se deu melhor foi a Yak's, que conseguiu deixar para trás não apenas seus concorrentes diretos como também conquistou a liderança geral da corrida e se tornou a grande campeã do evento. A Trotamundo acabou desistindo no final do trekking e a Sinergia, que reencontrou seus concorrentes perdidos no meio do caminho, ficou com a segunda colocação.

A atleta da Yak's, Daniela Campos, ex-integrante da equipe feminina de corrida de aventura Hora do Blush, destacou o trabalho em equipe como um fator decisivo. Com os tênis apertado após longas horas de trekking, seu companheiro de equipe Frederico Nicacio emprestou seus calçados e passou a correr descalço (ouça áudio abaixo).

Entre os atletas solo a disputa maior ficou entre o catarinense Pedro Pinheiro e o mineiro Matheus Madureira. Apesar deste último ter chegado em segundo lugar, verificou-se depois que o atleta não passou na ordem correta nos últimos postos de controle e assim, perdeu sua posição na classificação final.

Expedição
Quarteto

1 - Yaks
2 - Sinergia
3 - Leões de Judá

Dupla Masculina
1 - The Hunters
2 - Advogado Aventureiro
3 - Harpya

Dupla Mista
1 - Advogado Aventureiro

Solo
1 - Marcelo Santos
2 - Pedro Pinheiro
3 - Matheus A. Madureira

Aventura
Quarteto

1 - Camelos
2 - Psyco Killers

Dupla Masculina
1 - Camaleão
2 - Psyco Killers
3 - Brasil Extreme

Duplas Mista
1 - Advogado Aventureiro
2 - Mandrake

Solo
1 - Guilherme Figueiredo
2 - Euder Mello
3 - Marcelo Tameirão

Wladimir Togumi
Por Wladimir Togumi
30 Mar 2010 - 10h41 | sudeste |
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