Histórias de superação marcam duas das favoritas na 5ª Ultra Trail Run 70k Brasil Ride

A Ultra Trail Run 70k Brasil Ride terá, no próximo dia 7 de dezembro, sua quinta edição, em Botucatu, na região da Cuesta Paulista. Serão cinco distâncias percorridas, com 70 km, 32 km, 16 km, 5 km e 500 m (kids).

Na mais longa e desafiadora delas, os 70 km, histórias de superação marcam a trajetória de duas das favoritas ao pódio

Elizabete Prado

Presente na Ultra Trail Run 70k Brasil Ride em todas as edições, a mineira Elizabete Prado, de Extrema, está confirmada na disputa em 2019.

Antes de iniciar sua história na corrida de montanha, Elizabete quase perdeu a perna esquerda após uma simples torção de tornozelo que foi mal cuidada, por conta de uma tala gessada mal feita. Após dez dias imobilizada, chegou bem perto de ter uma trombose. A consequência foi ter 20% a menos de circulação de uma perna em relação a outra.

“Minha história nas corridas de montanha é de muita superação. Era sedentária, com dez quilos a mais, me recuperando de quase perder a perna esquerda. Depois, travei com hérnia de disco e uma vez quebrei o maxilar no treino. Comecei correndo 5 km em 2011 para chegar aos 105 km em 2016. Hoje, minha perna ainda tem 20% a menos de circulação. Mas, na hora da atividade, se torna igual. E esse ano recebi o presente da convocação para a seleção brasileira de skyrunner (corrida acima de 2.000 m de altitude) e fui medalha de prata na primeira participação. Inclusive, já estou convocada para o ano que vem devido a minha pontuação este ano”, conta Elizabete.

“Conheci a Trail Run da Brasil Ride na KTR, em Campos do Jordão, no ano de 2015, em que as três primeiras ganhavam a inscrição para o Brasil Ride. E eu fui uma delas. Segui com fé e coragem para correr nos 70 Km e, para minha alegria, fui terceira no geral. De lá para cá, ela se tornou oficial do meu calendário, ou seja, esse ano completo cinco participações consecutivas. No ano passado, devido a várias provas pesadas no meu calendário, me machuquei e minha participação não foi das melhores”, relembra. “O que espero para este ano é superar o resultado do ano passado (décimo lugar), baixar meu tempo e, como ela é a última corrida do meu calendário em 2019, fechar o ano com chave de ouro para comemorar os cinco anos de Ultra 70k”, finaliza.

Diana Bellon

Já a capixaba Diana Bellon, companheira de Elizabete na seleção brasileira, fará sua estreia na Ultra Trail Run 70k Brasil Ride. “Pelos comentários e pelo que vi nas redes sociais, será uma corrida dura, do jeito que gostamos. Espero completar bem, já que venho de muitas provas pesadas e tratando uma lesão. Será minha última prova de montanha. Depois vou finalizar uma ultramaratona de 12h na pista”, comenta Diana, que vive na cidade de Venda Nova do Imigrante (ES).

Sua história com a corrida nasce pelo amor ao esporte, mas também teve dificuldades pelo caminho. “Corro desde meus cinco anos de idade, mas atrás de vaca na fazenda. Sempre gostei de esportes, jogava futebol, corria, pedalava, mas só por lazer. Minha primeira prova foi em 2010, no Espírito Santo. Fiz um duathlon e gostei. Daí, passei a fazer corrida de aventura até maio de 2015, quando sofri um acidente de moto”, conta Diana.

“Na ocasião, machuquei o joelho e fiquei 15 dias sem andar. Até aí, só havia corrido no máximo 21 km. Com 28 dias de acidente, fiz a minha primeira prova de trail, totalizando 25 km. Em setembro de 2015, fiz minha primeira maratona e em novembro fiz minha estreia em ultramaratona de montanha, competindo 80 km. E, no mês seguinte, fiz minha primeira ultramaratona de asfalto. De lá pra cá só foi sucesso e estou aí até hoje, seja na montanha ou na pista”, contou Diana, que competiu no Mundial de Trail Run em Portugal em junho deste ano e no Mundial de Ultramaratona 24h na França, em outubro.

Mais informações: www.brasilride.com.br