A
chegada do primeiro homem na equipe feminina Atenah é de ritmo de
festa. Parece que o bom rapaz terá um apoio muito especial de Nora,
Shubi e Karina.
Confira
a entrevista exclusiva, feita pela Ação4, com as meninas da Atenah
.
Por Lígia nunes
Ação4:
Quais são as expectativas para a 1ª Etapa do Circuito de Corridas
de Aventura, que acontece neste final de semana?
Atenah: A Karina não vai estar com a gente nessa etapa. Mas,
vamos aproveitar a prova, inclusive, para treinar forte para o Eco-Challenge.
Agora, já na prova da Reebok a gente precisa ganhar porque aí levamos
as passagens para a Nova Zelândia (risos). Mas acho que nessa etapa
do Circuito de Aventura, a equipe vai ser uma surpresa porque é a
primeira prova que a gente faz com o Kiko. Ele é uma expectativa grande
para a equipe. Vamos senti-lo durante a prova. Acho que a prova vai
ser dura. Ela é curta e todo mundo vai disparar como louco na frente.
Acho que vai ser cansativa.
Ação4:
Qual é o segredo do sucesso da Atenah nas corridas de Aventura?
Atenah: Ah... isso a gente não pode falar, né (risos). Brincadeira.
O segredo é força de vontade, é estar centrada e concentrada em tudo
o que a gente for fazer, traçar as estratégias certas, unidade e respeito.
Cada uma procura ajudar a outra dentro da sua capacidade. A gente,
por exemplo, não tem problemas em ter um único navegador. A Shubi
navega, mas eu (Nora) ajudo também. A Karina põe ritmo na equipe.
É o nosso trator. A equipe é bem homogênia.
Ação4:
Qual o ponto forte de cada uma?
Atenah: Eu (Karina) sou forte na moutain bike. A Nora é forte
nas técnicas verticais e na bike. A Shubi é fera na bike e no trekking.
A única modalidade que a gente considera ser mais fraca é a canoagem.
No remo a gente pena... Além da gente treinar menos, acho que o fato
de ser mulher também conta. O homem tem os membros superiores mais
fortes por natureza. Já a mulher tem a perna mais forte.
Ação4:
Então vocês admitem a fragilidade feminina na canoagem?
Atenah: Na canoagem sim. Foi comprovado no Ecomotion. Saimos
em primeiro na canoa e chegamos em décimo lugar. Mas tambérm vou te
falar, a canoa era um pouco complicada e temperamental. Não obedecia
nossos comandos.
Ação4:
Vocês deixaram de trabalhar só para se dedicar e viver do esporte.
Vocês acreditam que foi a decisão certa?
Atenah: Acho que temos um super potencial e a gente não quer
fazer da Atenah só uma equipe de aventura. Temos alguns projetos:
um acampamento para crianças e adolescentes onde elas vão aprender
regras básicas da aventura, como navegar por exemplo, e no final participar
de uma mini corrida de aventura. Também vamos fazer palestras para
empresas e encarar as corridas internacionais.
Ação4:
Como vocês encaram o "ultrapassar os limites do corpo", uma vez que
as corridas de aventura ainda são polêmicas entre a mídia esportiva?
Atenah: Quem está de fora consegue perceber a coisa certa.
A gente passa por situações muito chatas e difíceis, mas a gente chega
em um estado de espírito tão bom que compensa qualquer sofrimento.
Ação4:
Mas, me explica melhor o que é tão compensador?
Atenah: É o visual, a natureza, a cultura, o esporte, a adrenalina,
sair da rotina, conhecer os lugares mais bonitos do mundo.
Ação4:
Mas vamos falar do Kiko...
Atenah: O Kiko é muito forte. A gente vem acompanhando nosso
homem nas provas em que participa: na EMA ele carregou as argentinas,
no Ecomotion terminou a prova inteiraço. A gente ficou no impasse
de quem seria o homem certo para a Atenah, porque a gente convidava
a ala masculina e eles acabavam não aceitando porque éramos em três
mulheres. Achavam que não tinha nada a ver. E o Kiko topou na hora.
É o cara certo, mesmo.