Expedition India – Uma incrível aventura

O 2019 Adventure Racing World Series começou em alto nível com a Expedition India, realizada na semana passada aos pés do Himalaia. A corrida começou em Manali com equipes partindo em suas mountain bikes em condições de congelamento entre altos bancos de neve, e terminou na ensolarada estância de Shimla após um percurso de 450 km cheio de aventura.

A corrida incluiu mountain bike em caminhos de alta altitude, trekking em vales remotos e chegando em templos nas colinas e rafting através das corredeiras de alguns dos grandes rios do Himalaia. Houve a oportunidade de experimentar a maior e mais longa tirolesa da Índia também.

Vinte equipes internacionais cruzaram a linha de chegada e os vencedores foi a “400 Team Naturex” da França em um tempo total de 68 horas e 42 minutos. A equipe número 3 do ranking mundial também ganhou uma vaga no Adventure Racing World Championships no Sri Lanka em dezembro e sua equipe participará pelo menos mais duas corridas do ARWS este ano, então seu objetivo é ter duas equipes no Sri Lanka.

Expedition India 2019, Manali2Shimla | Photo, TerenceVrugtman for facebook.com/adventurelifesa

O evento foi a primeira corrida de expedição realizada na Índia e contou com o apoio da Himachal Tourism, do Ministério do Turismo, do Departamento de Assuntos e Esportes da Juventude e muitos outros patrocinadores locais e nacionais na Índia.

Equipes locais fomentam o esporte

Um total de 8 equipes indianas entraram na corrida, o que foi um impressionante comparecimento para um país com pouca experiência em corridas de aventura. Ainda mais impressionante, todos completaram a maior parte do percurso e cruzaram a linha de chegada como verdadeiros corredores de aventura confirmados, prontos para ajudar no crescimento do esporte na Índia.

A primeira equipe indiana a terminar foi Abivmas Manali Mountaineering School (uma escola nacional ao ar livre que sediou a cerimônia de abertura) em um tempo de 104 horas e 19 minutos. Eles completaram o percurso, assim como a equipe do Exército nepalês, que terminou em 9º lugar sem treinamento, equipamento antigo e emprestado e nenhuma experiência anterior em corrida de expedição. Foi uma conquista incrível e eles terminaram à frente de equipes internacionais experientes da França e da Colômbia.

Estes resultados são um grande começo para um ano de avanço para a World Series Adventure Racing na Ásia. O AR World Champs no Sri Lanka é o primeiro a ser realizado na Ásia, e as equipes do Sri Lanka se preparam para a corrida e serão encorajadas pelas performances nepalesa e indiana.

Atletas de 11 países estiveram presentes

No total, corredores de 11 nacionalidades diferentes participaram da prova e a diretora da corrida, Heidi Muller, disse: “Nós nos apaixonamos pela Índia há alguns anos e organizamos a corrida para compartilhar isso com os corredores. Queríamos trazê-los aqui para uma aventura única e para a viagem ser uma experiência completa da ‘Incredible India’ do início ao fim.”

Na linha de chegada, a equipe compartilhou suas histórias da corrida e suas experiências ao longo do caminho. “Tivemos uma noite difícil na subida até um cume com um templo e os visuais na madrugada foram incríveis”, disse Angus Rodwell, da equipe Thunderbolt AR, da Austrália. “Havia montanhas ao redor e os picos do Himalaia se destacavam claramente, enchendo o horizonte.”

A equipe Rootstock Adventure Racing dos EUA procurou por abrigo uma noite e foi convidado para ficar em uma fazenda. “A família nos ofereceu um quarto de hóspedes, providenciou alguns colchões e até trouxe tigelas de água para lavar nossos pés, como forma de nos homenagear como convidados. Eles queriam fornecer comida também, mas nós os persuadimos que só queríamos algumas horas de sono. Nós éramos estranhos, mas eles queriam nos ajudar com tudo,” disse Mark Lattanzi.

Seu companheiro de equipe Brent Freedland descreveu o trekking na montanha que eles estavam concluindo no momento como “o melhor que já fiz em qualquer corrida de aventura”, e outros participantes elogiaram o nível e a variedade do percurso planejado por Stephan Muller.

Pooja Sharma, da equipe da Marinha Indiana, disse: “Para mim, a primeira noite, caminhando pela neve até o templo e lago de Prashar foi o destaque.” Outros gostaram do rafting, embora para a equipe da Polícia de Kolkata foi quase o fim da aventura depois de virar e perder o barco. No entanto, com o incentivo do staff da corrida, que os ajudou a encontrar um outro barco, eles recomeçaram e terminaram a corrida.

As experiências na Índia não terminaram na linha de chegada, já que a maioria das equipes visitou os pontos turísticos e bazares de Shimla, e algumas até voltaram para o templo no posto de controle num dos pontos mais altos, por terem passado à noite e não terem visto nada. Mesmo depois de 3 ou 4 dias correndo, eles queriam aproveitar um pouco mais da Índia.


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