Maiores campeões da Brasil Ride, Abraão Azevedo e Ivonne Kraft buscam o sexto título na Bahia

Por Redação - 05 Out 2015 - 14h57

Rei e Rainha da Brasil Ride, Abraão Azevedo e Ivonne Kraft, da Alemanha, disputam neste mês, entre os dias 17 e 24, a sexta edição da principal ultramaratona de MTB das Américas. Em comum aos dois ciclistas, o fato deles terem 100% de aproveitamento na prova, com vitórias em todas as edições. Abraão teve quatro companheiros diferentes nos últimos cinco anos na máster, os brasileiros Plínio Souza, Paulo Freitas e Paulo Borges, entre 2010 e 2012, e o holandês Bart Brentjens, lenda do esporte. Já Ivonne disputou a primeira edição com a portuguesa Celina Carpinteiro, e outras quatro com o tetracampeão da prova, o piracicabano Mateus Ferraz.

Ivonne Kraft tem cinco títulos (Pedro Cury / Pedal)
Ivonne Kraft tem cinco títulos (Pedro Cury / Pedal)

Pelo terceiro ano seguido, Abraão pedalará ao lado de Bart Brentjens nas trilhas e estradas de terra da Chapada Diamantina, entre os municípios de Mucugê e Rio de Contas. O fato de Bart ser campeão mundial de Cross Country de 1995 e medalha de ouro olímpico de 1996, em Atlanta, não assusta o atleta goiano. "Gosto muito de correr com ele. É um grande parceiro e estou sempre aprendendo com um pouco em cada prova. Tive a honra de ser escolhido por ele e sei o tamanho da responsabilidade. Por isso, sigo treinando forte para chegar na competição e estarmos bem equilibrados e em sintonia", conta Abraão.

Nascido em Formosa (GO), mas morando em Brasília nos últimos 30 anos, Abraão Azevedo dá conselhos para quem vai encarar a Brasil Ride e elogia a prova. "É fundamental ter um bom acompanhamento durante a preparação, mas acima de tudo saber controlar o ritmo a cada dia. As vezes você quer andar forte demais e não consegue prosseguir. Hidratação, ingestão de carboidrato, massagem, gelo, são só algumas das coisas que fazemos para aguentar os sete dias, além de uma boa alimentação e dormir bem todas as noites", destaca. "Independente dos títulos, é uma prova muito bacana. Oportunidade para encontrar os amigos em uma grande festa do esporte. Sendo ou não campeão, fico muito feliz de participar, porque sei da ótima estrutura que a ultramaratona tem", conclui.

Dupla formada por Abraão Azevedo e Bart Brentjens (Fabio Piva / Brasil Ride)
Dupla formada por Abraão Azevedo e Bart Brentjens (Fabio Piva / Brasil Ride)

Alemã com sede de vitórias - Ao lado de Abraão Azevedo como maior campeã da história da Brasil Ride, a alemã Ivonne Kraft destaca que para ela cada campeonato conquistado teve um sabor especial. "Sempre quando me perguntam como me sinto sendo a maior campeã da história, respondo 'igual ao Abraão'. É ótimo ter meu nome eternizado na prova. Cada ano foi um grande desafio e cada ano era um gosto especial quando vencemos, seja com a Celina ou com o Mateus", relembra Ivonne.

A ciclista alemã detalha os principais desafios da ultramaratona Brasil Ride e conta quais são as diferenças entre pedalar com uma mulher ou com um homem. "Lutar contra as próprias dores para ajudar o seu parceiro e acreditar que ele fará o mesmo por você. Esse é um dos desafios, bem como concentrar-se na alimentação correta, recuperação suficiente após as etapas e o foco na corrida. Às vezes não é fácil. Desde que sua dupla esteja ao seu lado e você sinta boas vibrações, aí facilita tudo. Mas, quando sente-se que a cabeça de seu parceiros está em outro lugar e não com você, aí percebemos isso e então fica realmente difícil para concluir a prova e quase impossível de se vencer", avalia.

"Competir com outra mulher pode ser mais fácil fisicamente, se as duas se entendem bem. Mas, também pode ser difícil. As mulheres têm as mesmas dores, mas cada uma tem uma forma de reagir. É mais fácil dizer a um homem quando sua dor está forte e ele irá te ajudar. Já a mulher te responde para você lutar mais, porque ela sabe que nós aguentamos mais as dores", analisa Ivonne. "Os homens desistem mais facilmente. Para mim, correr em dupla mista é fisicamente mais difícil, porque o homem é mais forte e difícil de ser seguido em um bom ritmo no plano. Mas, às vezes, nas partes técnicas acabo tendo que esperar meu companheiro. Por outro lado, rapazes se pressionam menos e entendem quando está difícil para a mulher. Deve ser por isso que muitas duplas femininas chegam a brigar nas etapas e não terminam, e normalmente as mistas vão até o final", completa.

Hans Becking e Jiri Novak na Brasil Ride 2014 (Fabio Piva / Brasil Ride)
Hans Becking e Jiri Novak na Brasil Ride 2014 (Fabio Piva / Brasil Ride)

Campeões 2014 da elite masculina confirmados - Vencedores da Brasil Ride em 2014, o holandês Hans Becking e o tcheco Jiri Novak estarão competindo na Chapada Diamantina mais uma vez, em busca do bicampeonato na principal categoria da prova. "Será outra vez uma corrida muito difícil. Já temos uma certa experiência na competição após disputá-la três vezes, mas esperamos uma batalha muito dura e emocionante pela camiseta amarela", conta Hans. "A Brasil Ride é realmente um desafio. Já é duro para terminar a competição uma vez, imagina então o quão difícil é para tentar novamente. De qualquer forma, estamos prontos para lutar com força os sete dias. Acredito que o maior desafio está na recuperação após cada estágio. Por isso, alimentar-se bem e dormir bem são pontos determinantes para atingir o sucesso", completa o holandês.

 

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Brasil Ride 2015
18.10.2015
Redação
Por Redação
05 Out 2015 - 14h57 | geral | Mountain Bike
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